Juros dos depósitos de particulares também tocaram novos mínimos, segundo dados do Banco de Portugal.

Os juros do crédito à habitação nas novas operações atingiu em agosto o valor mais baixo desde janeiro de 2003, a altura em que se começaram a compilar os dados, segundo o Banco de Portugal.

“Nas novas operações de crédito a particulares para a finalidade habitação, a taxa de juro média foi de 1,92%, o valor mais baixo desde o início da série (janeiro de 2003)”, lê-se na informação divulgada no Boletim Estatístico do BdP.

A concessão de crédito também caiu pelo segundo mês seguido e atingiu níveis de abril, uma diminuição de 1,7% e uma redução de 2,7% face ao ano anterior. No crédito ao consumo e para outros fins a taxa fixou-se em 7,43% e 4,35% respetivamente.

No crédito ao consumo registou-se uma diminuição face aos 7,5% em agosto e para outros fins houve um aumento: em agosto a taxa era de 3,8%.

Em agosto, a taxa de juro média dos novos empréstimos manteve-se em linha com a do mês anterior, em 3,14%.

“Os volumes de novas operações para habitação, consumo e outros fins ascenderam a 477 milhões de euros, a 323 milhões de euros e a 143 milhões de euros, respetivamente”, segundo a informação divulgada.

Já nas taxas de juro dos depósitos houve uma ligeira melhoria nos depósitos até um ano para empresas, para 0,22%. Nos particulares, nova redução, de 0,37% para 0,36%, o que corresponde a um novo mínimo. Ou seja, nunca os bancos pagaram tão pouco pelos depósitos.

O total de depósitos atingiu os 140,7 mil milhões de euros, menos dois mil milhões que no final de julho, “devido à substituição de aplicações em depósitos por outros instrumentos de poupança, nomeadamente obrigações do tesouro de rendimento variável e de certificados do tesouro”, segundo o BdP.

“É comum observar-se um decréscimo do valor dos depósitos de particulares em agosto, mas em 2016 essa redução foi mais expressiva do que em anos anteriores. O decréscimo dos depósitos refletiu-se numa taxa de variação anual de 2,8% em agosto, inferior ao valor de 3,6% registado em julho”, conclui o Banco de Portugal.